quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TDAH - Transtorno de Défict de Atenção/Hiperatividade na Infância


A escola é de fundamental importância no diagnóstico e tratamento do TDAH, os professores devem conhecer os sintomas para auxiliar as crianças e as famílias.


Na última década ouvimos muito falar sobre TDAH, a mídia extrapolou limites e partindo disso criou-se uma falsa idéia e falsos diagnósticos. É preciso ter cautela para entender esse transtorno, diagnosticá-lo e saber lidar com os sintomas e consequências.
Transtorno de Défict de Atenção/hiperatividade é uma síndrome neurobiológica, quem a descreveu pela primeira vez foi o médico psiquiatra Dr Henrich Hoffmann em 1845. Suas características são: dificuldade de concentração, mudança repentina de uma atividade para outra sem a conclusão da mesma, falta de organização e planejamento, agitação e falta de controle sobre seus impulsos.
A maioria dos portadores apresentam-se de forma distraída, impulsiva, sofrem vários acidentes domésticos e também apresentam maior número de doenças oportunistas e algumas disfunções.
Diante de tanta impulsividade a criança portadora de TDAH pode ter seu convívio social deteriorado, pois rompe regras e não consegue se manter concentrada nas atividades em grupo.
O TDAH é um dos quadros neuropsiquiátricos mais comuns, podendo ser encontrado em aproximadamente de 3 a 7% da população infantil, é mais comum no sexo masculino.
As três principais características do TDAH são: dificuldade de manter atenção, hiperatividade e impulsividade, normalmente o portador é descrito como distraído e agitado.
Quando criança o portador pode ter dificuldades de seguir instruções, de acompanhar a aula e de se comportar de maneira inadequada, pode caso seja hiperativo se movimentar o tempo todo, não consegue ficar muito tempo parado mesmo que seja brincando ele perde rapidamente o interesse.
É comum apresentarem problemas de aprendizagem sem que apresente défict de inteligência, também é comum o atraso motor.
É usual a dificuldade em manter rotina, se alimentam rápido demais, algumas vezes sem atentar-se ás questões higiênicas. Em rodas sociais, são vistos como mal educados ou sem limites.
Quando chega na adolescência, o portador já carrega rótulos relacionados aos sintomas de TDAH. Por experimentar uma baixa autoestima, tem dificuldade em manter um relacionamento social estável e íntimo. Troca de amigos são frequentes, mudanças no cotidiano, na rotina, nos planos de vida são habituais.
O TDAH afeta o indivíduo em diversos aspectos da sua vida e tem um curso longo, podendo apresentar uma melhora ao atingir a idade adulta, principalmente nos sintomas de hiperatividade.
Embora sua origem ainda seja desconhecida, diversos estudos tem apontado causas genéticas e biológicas como um dos principais fatores. Ambientes sociais caóticos e desfavoráveis também estão fortemente relacionados.
A avaliação diagnóstica deve envolver os pais, os membros da família e a escola. A escola é de fundamental importância, pois os resultados mais promissores ocorrem quando há uma equipe multidisciplinar trabalhando em conjunto com a criança e a família. O diagnóstico do TDAH é clinico devendo ser feito por psiquiatra, neurologista, psicólogo e psicopedagogo.
Se o portador for diagnosticado e tratado de forma correta, tende a uma melhora significativa, o tratamento envolve terapia-cognitivo comportamental e em alguns casos o uso de medicamentos.

Dicas para melhor inclusão da criança portadora de TDAH na escola:

  • Evitar lugares barulhentos (lugares com passagem de pessoas), o ambiente para atendimento deve obter o máximo silêncio  e o mínimo de estímulos que possam desviar a atenção.
  • Utilize recursos como jogos, músicas e imagens.
  • Em sala de aula, procure que a criança sente o mais perto possível do professor, para que ele possa monitorar de perto as distrações que venham a acontecer e chamar a atenção de forma discreta para a atividade.
  • Sinalize o tempo necessário para a realização das tarefas, deixando alguns minutos para possíveis imprevistos.
  • Repita as regras de maneira clara e objetiva.
  • Procure sempre olhar nos olhos e estabelecer um bom vínculo afetivo com a criança, entenda suas expectativas, sempre estimule com gestos positivos e palavras de apoio e principalmente encoraje-o a continuar reforçando positivamente seu esforço.

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