segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dicas Culturais para Novembro/2010

Dica de Filme: Sound And Fury

Título Original: Sond And Fury
Gênero: Documentário
Ano de Lançamento: (EUA) 2001
Direção: Josh Aronson
Duração: 80 minutos
Sinopse: Esse documentário trata dos dois lados do mesmo procedimento: o implante coclear. De um lado, Chris e Mari são pais ouvintes de um bebê surdo recém-nascido e decidem fazer a cirurgia de implante coclear em seu bebê, para horror de seus parentes surdos. Do outro lado o irmão de Chris, Peter (ambos de família surda) esta lidando com o pedido de sua filha que quer um implante, um pedido em desacordo com o seu papel de líder do movimento anti-implante. A discussão sobre a surdez, a comunidade surda e o meio que ronda essas famílias são assuntos muito interessantes. Vale a pena assistir.

Onde adquirir: http://www.amazon.com/ ou http://www.cdpoint.com.br/


EXPOSIÇÃO PARALELA 2010 - A CONTEMPLAÇÃO DO MUNDO

Em cartaz no Liceu de Artes em São Paulo até o dia 28 de novembro, a "Paralela 2010 - A Contemplação do Mundo" amplia o acesso à arte a pessoas com deficiência. A exposição é gratuita e conta com a participação de 82 artistas, dispõe de diferentes recursos de acessibilidade e monitores treinados para o atendimento ao público.
O espaço conta com uma área reservada para necessidades, alimentação e água para cães-guia.

Local: Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Rua Jorge Miranda, 676 (próximo a estação de metrô Tiradentes/estacionamento na Rua Cantareira 1420 - R$ 7,00 3 horas)
Período da Mostra: até 28 de novembro
Horário: de terça a sexta das 12h ás 18h sábados e domingos das 10h ás 18h
Entrada: gratuita
Informações: (11) 3229.9389



http://paralela10.wordpress.com/

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dificudades de Aprendizagem e Algumas Intervenções Pedagógicas para Atendimento aos Portadores de Síndrome de Down

AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DO PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN

     A criança com síndrome de Down tem idade cronológica diferente da idade funcional, desta forma, não devemos esperar uma resposta idêntica à resposta dos não deficientes, que não apresentam alterações de aprendizagem. Esta deficiência decorre de lesões cerebrais e desajustes funcionais do sistema nervoso:

O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 246).


A prontidão para a aprendizagem depende da complexa integração dos processos neurológicos e da harmoniosa evolução de funções específicas como linguagem, percepção, esquema corporal, orientação têmporo-espacial e lateralidade.
     É comum observarmos na criança Down, alterações severas de internalizações de conceitos de tempo e espaço, que dificultarão muitas aquisições e refletirão especialmente em memória e planificação, além de dificultarem muito a aquisição de linguagem.
     Crianças especiais como as portadoras de síndrome de Down, não desenvolvem estratégias espontâneas e este é um fato que deve ser considerado em seu processo de aquisição de aprendizagem, já que esta terá muitas dificuldades em resolver problemas e encontrar soluções sozinhas.
     Outras deficiências que acometem a criança Down e implicam dificuldades ao desenvolvimento da aprendizagem são: alterações auditivas e visuais, incapacidade de organizar atos cognitivos e condutas, debilidades de associar e programar sequências.
     Estas dificuldades ocorrem principalmente por que a imaturidade nervosa e não mielinização das fibras pode dificultar funções mentais como: habilidade para usar conceitos abstratos, memória, percepção geral, habilidades que incluam imaginação, relações espaciais, esquema corporal, habilidade no raciocínio, estocagem do material aprendido e transferência na aprendizagem.
     No entanto, a criança com síndrome de Down têm possibilidades de se desenvolver e executar atividades diárias e ate mesmo adquirir formação profissional e no enfoque evolutivo, a linguagem e as atividades como leitura e escrita podem ser desenvolvidas a partir das experiências da própria criança.
     No entanto, o desenvolvimento da inteligência é deficiente e normalmente encontramos um atraso global. As disfunções cognitivas observadas neste paciente não são homogêneas e a memória sequencial auditiva e visual geralmente são severamente acometidas.
 


A EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

     A educação especial é uma modalidade de ensino, que visa promover o desenvolvimento global a alunos portadores de deficiências, que necessitam de atendimento especializado, respeitando as diferenças individuais, de modo a lhes assegurar o pleno exercício dos direitos básicos de cidadão e efetiva integração social.
     Proporcionar ao portador de deficiência a promoção de suas capacidades, envolve o desenvolvimento pleno de sua personalidade, a participação ativa na vida social e no mundo do trabalho, são objetivos principais da educação especial e assim como o desenvolvimento bio-psiquico-social, proporcionando aprendizagem que conduzam a criança portadora de necessidades especiais maior autonomia.
     A prática pedagógica adaptada as diferenças individuais veem sendo promovidas dentro das escolas do ensino regular. No entanto, requerem metodologias, procedimentos pedagógicos, materiais e equipamentos adaptados.
     O professor especializado deve valorizar as reações afetivas de seus alunos e estar atento a seu comportamento global, para solicitar recursos mais sofisticados como a revisão medica ou psicológica. E outro fato de estrema importância na educação especial é o fato de que o professor deve considerar o aluno como uma pessoa inteligente, que têem vontades e afetividades e estas devem ser respeitada, pois o aluno não é apenas um ser que aprende.
      
Enfoques da intervenção pedagógica junto a criança down

     A criança Down apresenta muitas debilidades e limitações, assim o trabalho pedagógico deve primordialmente respeitar o ritmo da criança e propiciar-lhe estimulação adequada para desenvolvimento de suas habilidades. Programas devem ser criados e implementados de acordo com as necessidades especificas das crianças.
     Segundo MILLS (apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 233) a educação da criança é uma atividade complexa, pois exige adaptações de ordem curricular que requerem cuidadoso acompanhamento dos educadores e pais.
     Freqüentar a escola permitirá a criança especial adquirir, progressivamente, conhecimentos, cada vez mais complexos que serão exigidos da sociedade e cujas bases são indispensáveis para a formação de qualquer indivíduo.
     Segundo a psicogênese, o indivíduo é considerado como instrumento essencial à interação e ação. E como descreve Piaget, o conhecimento não procede, em suas origens, nem de um sujeito consciente de si mesmo, nem de objetos já constituídos e que a ele se imponham. O conhecimento resulta da interação entre os dois.
     Desta forma consideramos, que a escola deve adotar uma proposta curricular, que se baseie na interação sujeito objeto, envolvendo o desenvolvimento desde o começo.
     E o ensino das crianças especiais deve ocorrer de forma sistemática e organizada, seguindo passos previamente estabelecidos, o ensino não deve ser teórico e metódico e sim deve ocorrer de forma agradável e que desperte interesse na criança. Normalmente o lúdico atrai muito a criança, na primeira infância, e é um recurso muito utilizado, pois permite o desenvolvimento global da criança através da estimulação de diferentes áreas.
     Uma das maiores preocupações em relação à educação da criança, de forma geral, se dá na fase que se estende do nascimento ao sexto ano de idade. Neste período a educação infantil tem por objetivo promover à criança maior autonomia, experiências de interação social e adequação. Permitindo que esta se desenvolva em relação a aspectos afetivos, volitivos e cognitivos, que sejam espontâneas e antes de tudo sejam "crianças".
     Inicialmente, a criança adqüiri uma gama de conhecimentos livres e estes lhe propiciarão desenvolver conhecimentos mais complexos, como o caso de regras.
     Os conhecimentos devem ocorrer de forma organizada e sistemática, seguindo passos previamente estabelecidos de maneira lúdica e divertida, que permite a criança reunir um conjunto de experiências integradas que lhe permita relacionar-se no contexto social e familiar.
     O atendimento a criança portadora de síndrome de Down deve ocorrer de forma gradual, pois estas crianças não conseguem absorver grande número de informações. Também não devem ser apresentadas, a criança Down, informações isoladas ou mecânicas, de forma que a aprendizagem deve ocorrer de forma facilitada, através de momentos prazerosos.
     É importante que o profissional promova o desenvolvimento da aprendizagem nas situações diárias da criança, e a evolução gradativa da aprendizagem deve ser respeitada. Não é adequado pularmos etapas ou exigirmos da criança atividades que ela não possa realizar, pois estas atitudes não trazem benefícios a criança e ainda podem causar lhe estresse.
     Em crianças com síndrome de Down é comum observarmos evolução desarmônica e movimentos estereotipados. Esta defasagem pode ser compensadas através do planejamento psicomotor bem direcionada, que lhe proporcionam experiências fundamentais para sua adaptação.
     A atividade física na escola tem proporcionado não só a crianças normais como também as crianças portadoras de necessidades especiais, um grande desenvolvimento global que será a base para as demais aquisições.
     Frente a grande variação das habilidades e dificuldades da síndrome de Down, programas individuais devem ser considerados e nestes enfatiza-se as possibilidades de aprendizagem de cada criança e a motivação necessária para o desenvolvimento destas. Para tanto, o professor deve conhecer as diferenças de aprendizagem de cada criança de forma a organizar seu trabalho e programação didática.
     A sala de recursos deve consistir em local apropriado a receber as crianças especiais, que deverão receber assistência pedagógica especializada. Normalmente encontramos as salas de recursos em escolas normais onde crianças não deficientes ficam juntas das especiais. Assim a sala de recursos funciona desenvolvendo com as crianças especiais as atividades, que já trabalhou com seus os demais colegas.
     O professor de recursos deve priorizar as atividades em que o portador de deficiência tem dificuldades e precisa de auxilio. Este pode servir como tutor dos estudantes excepcionais em suas classes e deve cuidar de que os professores das crianças excepcionais e de que estas recebam os materiais e equipamentos didáticos, que se façam necessários.
     Um fato determinante para uma boa assistência a crianças especiais é não sobrecarregar demais a sala de recursos especiais para que o professor possa trabalhar bem. E é fundamental também, que o professor indicado esteja preparado, para ser capaz de atender as necessidades de seus alunos e trabalhar em harmonia com o professor da classe regular. 

Sugestões de Atividades para Portadores de Síndrome de Down

Alguns princípios básicos devem ser considerados em relação ao ensino de crianças especiais como as portadoras de síndrome de Down: 

          - As atividades devem ser centradas em coisas concretas, que devem ser manuseadas pelos alunos;
          - As experiências devem ser adquiridas no ambiente próprio do aluno;
          - Situações que possam provocar estresse ou venham a ser traumatizantes devem ser evitadas;
          - A criança deve ser respeitada em todos aspectos de sua personalidade;
          - A família da criança deve participar do processo intelectivo.

    
         Alguns pontos devem ser considerados quanto à educação do portador da síndrome de Down:

          - Estruturar seu auto-conhecimento;
          - Desenvolver seu campo perceptivo;
          - Desenvolver a compreensão da realidade;
          - Desenvolver a capacidade de expressão;
          - Progredir satisfatoriamente em desenvolvimento físico;
          - Adquirir hábitos de bom relacionamento;
          - Trabalhar cooperativamente;
          - Adquirir destreza com materiais de uso diário;
          - Atuar em situações do dia a dia;
          - Adquirir conceitos de forma, quantidade, tamanho espaço tempo e ordem;
          - Familiarizar-se com recursos da comunidade onde vive;
          - Conhecer e aplicar regras básicas de segurança física;
          - Desenvolver interesses, habilidades e destrezas que o oriente em atividades profissionais futuras;
          - Ler e interpretar textos expressos em frases diretas;
          - Desenvolver habilidades e adquirir conhecimentos práticos que o levem a descobrir conhecimentos práticos que o levem a descobrir valores que favoreçam seu comportamento no lar, na escola e na comunidade.

     Com relação à alfabetização, não existe um método voltado especificamente para as crianças com síndrome de Down e cada criança requer uma forma de intervenção específica, a qual se adequa.
     Não só na alfabetização, mas também no primeiro ano o atendimento deve atender as características especificas de cada aluno, propiciar o desenvolvimento do seu equilíbrio emocional, de sua autoconfiança, de sua capacidade de criação e expressão, de condições essenciais à sua integração harmonia na sociedade. Deverão também, prepará-lo para a alfabetização, que se iniciará posteriormente quando a criança for capaz de descrever objetos e ações; discriminar sons; identificar semelhanças e diferenças entre sons iniciais e finais de palavras; identificar símbolos gráficos; articular fonemas corretamente; estabelecer relações simples entre objetos; combinar elementos concretos para a formatação de conjuntos; organizar, perceptivamente, sequências da esquerda para a direita; utilizar conceitos nas áreas de relações temporo-espaciais; participar de atividades lúdicas; seguir e dar instruções simples; estabelecer relações símbolos e significados; participar de conversas; organizar ideias em sequência lógica; demonstrar controle muscular; reconstruir ações passadas e prever ações futuras; demonstrar criatividade e estabelecer pensamento crítico.
     E muito difícil para estas crianças desenvolverem habilidades de leitura e escrita, no entanto, este processo será mais facilitado se for permitida a criança vivenciar, interagir e experimentar. 

     Alguns princípios devem nortear a aprendizagem da leitura e escrita. 

          - Favorecer a realização de atividades relacionadas com leitura e escrita;
          - Ajustar a competência da criança ao contexto linguístico;
          - Facilitar o contato com materiais de leitura e escrita.

 
Proposta educacional para portador de Down


     O educador deve propor-se a utilizar um plano de curso que subsidiará o professor na elaboração do seu planejamento em nível de turma, o que só pode ser feito com base no conhecimento da realidade concreta dos seus alunos e dos meios de que dispõe.
     As unidades propostas estejam dentro de uma sequência evolutiva, os objetivos integrados de cada unidade, assim como as atividades sugeridas, não estão dispostas em sequências cronológicas.
     Cada atividade sugerida leva à consecução de vários objetivos dos domínios afetivos, cognitivos e psicomotor. Uma proposta curricular não pode especificar todos os possíveis resultados de cada atividade sugerida. Cabe ao educador explorar, no trabalho com o aluno, as possibilidades máximas de cada experiências de aprendizagem.
     Para a consecução do objetivo proposto poderá ser desenvolvido um número ilimitado de atividades. Foram propostas apenas algumas, que devem sugerir ao professor várias outras possibilidades. Em última análise, a sensibilidade e a experiências do educador deverão orientá-lo na determinação da estratégia a ser adotada. Cabe a ele adequar as propostas deste documento à realidade de sua sala de aula, de forma a proporcionar ao aluno experiências de aprendizagem significativa que lhe oportunize a prática dos comportamentos implicados nos objetivos. 

     A proposta curricular deve ser desenvolvida em quatro etapas que se desdobram em objetivos integradores.
     A primeira etapa trata como objetivo principal o corpo, na segunda visamos trabalhar "como me expresso", na terceira "minhas coisas" e na quarta "meu mundo". 

     Na primeira etapa onde trabalhamos o corpo os objetivos principais devem ser:
          - Identificar diferentes movimentos do seu corpo, posicionando-se no espaço;
          - Identificar as diferentes partes do seu corpo e suas funções correspondentes;
          - Orientar-se no tempo e no espaço;
          - Desenvolver hábitos de vida em grupo.

     Na segunda etapa onde trabalhamos a expressão, os objetivos principais são:
          - Desenvolver a discriminação perceptual que o habilita ao conhecimento e à comparação dos elementos do meio que o cerca;
          - Expressar suas necessidades, seus interesses e sentimentos utilizam diferentes formas de linguagem;
          - Desenvolver funcionalmente seu vocabulário;
          - Formar hábitos e atitudes de relacionamento e comunicação interpessoal.

     Na terceira unidade trabalhamos os objetos e este tem função de integrador, os objetivos desta unidade são:
          - Descobrir propriedades comuns dos objetos;
          - Reconhecer a utilidade das diferentes coisas do mundo;
          - Descobrir que as coisas se transformam;
          - Explorar o potencial dos objetos através de experiências criativas;
          - Evidenciar a aquisições dos conceitos de propriedades e cooperação.

     Na quarta unidade quando trabalhamos o mundo, os objetivos principais são:
          - Reconhecer que seu mundo é dinâmico e diversificado;
          - Distinguir uma situação real de uma imaginaria;
          - Situar-se como pessoa, num mundo de pessoas;
          - Passar do egocentrismo à aceitação de referenciais externos;
          - Ampliar perspectivas espaço-temporais;
          - Situar o mundo de pessoas numa área geográfica determinada;
          - Identificar produções econômicas e culturais de sua comunidade;
          - Reconhecer que o trabalho do homem modifica o meio;
          - Preservar o ambiente e o equilíbrio entre seus diversos elementos;
          - Reconhecer a importância da vida em grupo;
          - Representar seu mundo criativamente.

     Para a implementação desta proposta curricular, visando a eficiência do trabalho que levará a conquista dos objetivos perseguidos, torna-se necessário que os recursos estejam disponíveis e o educador seja capacitado. Alem disso o ambiente deve ser capacitado a instalar uma sala especial de recursos.
     O educador deve também integrar o portador de síndrome de Down na comunidade e trabalhar sua aceitação social e até mesmo a absorção em um mercado de trabalho.
 

Sou um ser especial
tenho muito a te ensinar
sobre o verdadeiro amar
aqui nesta esfera mortal
Sou diferente da maioria
não sei mentir ou fingir
o que sei mesmo é sorrir
e espalhar minha alegria
Vim ao mundo pra ensinar
mais do que para aprender
ensinar a você como amar
Os seus preconceitos vencer
as diferenças aceitar
e ao Pai Celeste bendizer.

Este poema foi uma contibuição de um colega da lista de discussão
 Vivência Pedagógica

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade



Sucesso garantido em todos os anos, a Reatech é uma feira que recebe em torno de 35 mil visitantes em média e o seu perfil médio são fisioterapeutas, médicos, educadores, enfermeiros, assistentes sociais entre outros. O objetivo é desenvolver negócios e trazer novidades para o mundo dos deficientes de uma forma geral.

A próxima feira será em abril de 2011.

10ª REATECH - 2011
Data: 14/04/11 até 17/04/11
Local: Centro de Exposições Imigrantes
Cidade: São Paulo - SP
Informações:
www.reatechvirtual.com.br/


Não deixe de visitar!

domingo, 24 de outubro de 2010

Síndrome de Down

Os trabalhos sobre síndrome de Down surgiram há muitos anos, por volta do século XIX, e a cada dia novos estudos surgem com propostas inovadores sobre o assunto. No entanto, através de pesquisas realizadas sobre a evolução dos estudos sobre a síndrome, encontramos um fato muito interessante que é a imagem que a sociedade por muitos anos postulou aos sindrómicos:

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro pertencente a outras espécies. (...) Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 3-4).

Um dos grandes objetivos da educação infantil é fazer com que a criança seja mais autônoma na sala de aula. Adquirir autonomia é interiorizar regras da vida social para que se possa conduzir sem incomodar o restante do grupo. E essa adequação social é condição sine qua non para que seja integrada. (MILLS apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 23)


A SÍNDROME DE DOWN

     A síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três. A esta alteração denominamos trissomia simples.
     No entanto podemos encontrar outras alterações genéticas, que causam síndrome de Down. Estas são decorrentes de translocação, pela qual o autossomo 21, a mais, está fundido a outro autossomo. O erro genético também pode ocorrer pela proporção variável de células trissômicas presente ao lado de células citogeneticamente normais. Estes dois tipos de alterações genéticas são menos freqüentes, que a trissomia simples.
     Estas alterações genéticas decorrem de "defeito" em um dos gametas, que formarão o indivíduo. Os gametas deveriam conter um cromossomo apenas e assim a união do gameta materno com o gameta paterno geraria um gameta filho com dois cromossos, como toda a espécie humana. Porém, durante a formação do gameta pode haver alterações e através da não-disjunção cromossômica, que é realiza durante o processo de reprodução, podem ser formados gametas com cromossomos duplos, que ao se unirem a outro cromossomo pela fecundação, resultam em uma alteração cromossômica.
     Estas alterações genéticas alteraram todo o desenvolvimento e maturação do organismo e inclusive alteraram a cognição do indivíduo portador da síndrome. Além de conferirem lhe outras características relacionadas a síndromes.
     De forma geral algumas características do Down são: o portador desta síndrome é um individuo calmo, afetivo, bem humorado e com prejuízos intelectuais, porém podem apresentar grandes variações no que se refere ao comportamento destes pacientes. A personalidade varia de indivíduo para indivíduo e estes podem apresentar distúrbios do comportamento, desordens de conduta e ainda seu comportamento podem variar quanto ao potencial genético e características culturais, que serão determinantes no comportamento.

Características principais da criança Down

     Segundo SCHWARTZMAN (1999), a síndrome de Down é marcada por muitas alterações associadas, que são observados em muitos casos. As principais alterações orgânicas, que acompanham a síndrome são: cardiopatias, prega palmar única, baixa estatura, atresia duodenal, comprimento reduzido do fêmur e úmero, bexiga pequena e hiperecongenica, ventriculomegalia cerebral, hidronefrose e dismorfismo da face e ombros.
     Outras alterações como braquicefalia, fissuras palpebrais, hipoplasia da região mediana da face, diâmetro fronto-occipital reduzido, pescoço curto, língua protusa e hipotônica e distância aumentada entre o primeiro, o segundo dedo dos pés, crânio achatado, mais largo e comprido; narinas normalmente arrebitadas por falta de desenvolvimentos dos ossos nasais; quinto dedo da mão muito curto, curvado para dentro e formado com apenas uma articulação; mãos curtas; ouvido simplificado; lóbulo auricular aderente e coração anormal.
     Quanto às alterações fisiológicas podemos observar nos primeiros dias de vida uma grande sonolência, dificuldade de despertar, dificuldades de realizar sucção e deglutição, porém estas alterações vão se atenuando ao longo do tempo, à medida que a criança fica mais velha e se torna mais alerta.
     A criança Down normalmente apresenta grande hipotonia e segundo HOYER e LIMBROCK, citado por SCHWARTZMAN (1999), o treino muscular precoce da musculatura poderá diminuir a hipotonia.
     A hipotonia costuma ir se atenuando à medida que a criança fica mais velha e pode haver algum aumento na ativação muscular através da estimulação tátil. (LOTT apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 28)
     Alterações fisiológicas também se manifestam através do retardo no desaparecimento de alguns reflexos como o de preensão, de marcha e de Moro. Este atraso no desaparecimento destes reflexos é patológico e resulta no atraso das aquisições motoras e cognitivas deste período, já que muitas atividades dependem da desta inibição reflexa para se desenvolverem como o reflexo de moro, que é substituído pela marcha voluntária.


 A etiologia da síndrome de Down

     Não foi exatamente esclarecida a causa da síndrome, no entanto, alguns fatores são considerados de riscos devido a grande incidência em que gestações na presença destes vem apresentando alterações genéticas. Os fatores de riscos podem ser classificados como endógenos e exógenos.
     Um dos principais fatores de risco endógenos é a idade da mãe, que em idade avançada apresentam índices bem mais altos de riscos, devido o fato de seus óvulos envelhecerem se tornando mais propensos a alterações.
     Os fatores de risco são muito importantes, pois nos permite prevenir a ocorrência das alterações genéticas ou ainda minimizar os fatores risco.
 

Contribuições:

Roberta Nascimento Antunes Silva.
Estudante do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Veiga de Almeida.


Referências Bibliográficas:

GLAT, R.; KADLEC V. A criança e suas deficiências: métodos e técnicas de ação psicopedagógica. Rio de Janeiro: Agir, 1995.

GLAT, R. A integração social dos portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro: Agir, 1995.

GUYTON, Arthur C. Neurociencia básica: anatomia e fisiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993. Trad. Charles Alfred Esberard e Claudia Lucia Caetano de Araújo. ISBN 85-277-0258-4.

SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie, 1999.

THOMPSON, M. W.; WCINNES, R. R.; WILLIARD, H. F. Genética médica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.



Próximo Post: Intervenções Pedagógicas e Sugestões de Atividades





quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hiperatividade

"O distúrbio do déficit de atenção / hiperatividade é o distúrbio de saúde mental mais comum nas crianças. Seus principais sintomas são a dificuldade em prender a atenção, a hiperatividade e a impulsividade. Seu tratamento pode envolver diversas modalidades, mas é sempre importante que os pais e professores também recebam apóio para lidar com suas crianças."
A descrição de crianças agitadas, inquietas, com excessiva energia, que não param nunca não é suficiente para caracterizar o problema, uma vez que a agitação excessiva pode ser apenas a manifestação de resposta reativa da criança a um ambiente de poucos limites. O TDAH caracteriza-se por um conjunto de três sintomas principais: a dificuldade de atenção e concentração, a impulsividade (agir sem pensar ou planejar) e a hiperatividade traduzindo um quadro comportamental complexo que exige um diagnóstico especializado e multidisciplinar.
A desatenção é caracterizada na criança por ter dificuldade em prestar atenção em detalhes, em manter a concentração em tarefas escolares, parece não escutar quando lhe dirigem a palavra, tem dificuldade em seguir instruções e não termina atividades domésticas ou escolares, evita ou reluta envolver-se com atividades que exijam esforço mental constante, perde coisas necessárias para tarefas e atividades, é facilmente distraída por estímulos alheios à tarefa ou apresenta esquecimentos em atividades diárias.
A hiperatividade caracteriza-se por um comportamento motor acentuado como o de agitar mãos ou pés continuamente ou se mexer constantemente no banco escolar. Prefere correr a andar e escalar em demasia móveis. Apresenta dificuldade em envolver-se silenciosamente em atividades do lazer e falar em demasia.
A criança impulsiva frequentemente dá respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas. Apresenta constante dificuldade em esperar sua vez ou permanecer em fila e por várias vezes interrompe ou se intromete em assuntos de outros.
Para o diagnóstico de TDAH pelo menos seis sintomas de desatenção e/ou hiperatividade devem estar presentes e a avaliação diagnóstica deve envolver os pais, a criança e a escola. As dificuldades devem ser objetivamente testadas através de provas padronizadas aplicadas por profissionais experientes com o transtorno. A avaliação do TDAH envolve um trabalho de equipe multidisciplinar. Isto inclui a avaliação médica, procurando causas clínicas que podem gerar sintomas de hiperatividade como hipertiroidismo, anemia por fala de ferro, uso de medicamentos como antialérgicos e anticonvulsivantes, avaliação neurológica e neuropsicológica detalhadas para determinação dos critérios diagnósticos.
O TDAH é o distúrbio neurocomportamental mais comum na infância. Calcula-se que em torno de 3 até 5 % das crianças em idade escolar tenham sintomas de TDAH. Tais sintomas estão geralmente presentes antes dos 7 anos de vida e podem persistir até a adolescência ou mesmo na idade adulta.
Não existe uma causa única para o problema, supondo-se que haja influência da hereditariedade e da imaturidade neuroquímica de centros cerebrais relacionados ao controle da atenção.
Dependendo do grau e da intensidade dos sintomas, o TDAH pode interferir na capacidade da criança em lidar positivamente com a realidade. Isto inclui baixo desempenho escolar, dificuldade de relacionamento, baixa auto-estima, falta de habilidade social para compartilhar brincadeiras, fazer amizades e planejar tarefas.
Frequentemente em até 30% dos casos pode estar associado a transtorno de conduta, a um comportamento negativista e desafiante, à depressão e à ansiedade. Não é também de se admirar que portadores do TDAH não tratados podem ter maiores índices de problemas comportamentais após a adolescência como alcoolismo e até consumo de drogas.
Dependendo da intensidade e do grau dos sintomas é útil em alguns casos o uso de medicamentos. Estes medicamentos não são calmantes e sim estimulates e podem melhorar os sintomas de desatenção e hiperatividade. O uso de medicações pode ser essencial em alguns casos mas remédios não substituem aptidões e nem orientações educacionais. É preciso orientar a família e a escola a compreender as características do distúrbio e diferenciar desobediência (contestação de ordens) da dificuldade em manter a ordem por falta de habilidade (desatenção) para promover uma comunicação e orientação mais positiva à criança. Técnicas comportamentais e psicopedagógicas podem também ser de auxílio para algumas crianças.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Filmes e Dicas Culturais para SP e RJ

O Filme "Além da Luz" do cineasta Ivy Goulart conta a história de Louis Braille, criador do método de leitura tátil para pessoas com deficiência visual, em paralelo ás experiências de seis brasileiros que não enxergam e realizam tarefas cotidianas com ajuda ou de forma independente. As filmagens foram feitas no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em Coupvray, na França, onde nasceu Louis Braille.
O documentário tem técnicas de dublagem para pessoas com deficiência auditiva e audiodescrição.
Foi exibido pela primeira vez na Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, por ocasião do dia internacional da pessoa com deficiência. Recebu o prêmio Palma de Ouro da México International Film Festival.

Gênero: Documentário
Duração: 82 minutos
Ano de lançamento: 2010
Direção e Roteiro: Ivy Goulart


"Uma Viagem Inesperada" ou também conhecido como "Miracle Run" é um dos meus preferidos. Corrine uma jovem mãe descobre que seus dois filhos gêmeos são autistas, ela fica inconformada a princípio, mas acaba aceitando o veredito. Ela então conta ao marido sobre o fato, e ele lhe diz que não quer lidar com o problema do autismo. Por isso, Corrine o abandona, e passa a criar os meninos sozinha. Ela os coloca numa escola e não informa sobre problema dos meninos. Mas a atitude estranha das crianças faz com que os professores a acusem de maus tratos e, quando Corrine conta a verdade, eles a mandam procurar outra escola. Finalmente, graças ao apoio incondicional da mãe, as crianças conseguem superar as dificuldades impostas pela doença.


Gênero: Drama
Duração: 90 minutos
Ano de lançamento: 2004
Direção: Gregg Champion



Memorial da Inclusão - Os caminhos da Pessoa com Deficiência

Maior e mais completo da América Latina, reúne documentos escritos e imagens relativas aos movimentos sociais de exclusão, integração e inclusão das pessoas com deficiência no Brasil, com o objetivo de não se perder a história de conquistas sociopolíticasde 24,5% da população do país. O Memorial tem 12 espaços independentes que abordam cada uma das quatro deficiências: auditiva, visual, intelectual e física. Um exemplo é a Sala Preparatória dos Sentidos, um local escuro, com painéis de texturas diversas, alteração da temperatura e sensores sonoros e de odor, que foi feita para o visitante refletir sobre a importância dos sentidos, como o tato, visão e audição. Além disso foram instalados sound tubes para as pessoas com deficiência visual que não leem em braille pudessem ouvir toda a história contada na hora ao se colocarem sob esses equipamentos, que fazem a audiodescrição dos painéis.
O Memorial pode ser visitado todos os dias das 12h ás 18h de segunda a sexta-feira, exceto feriados, na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564, Portão 10 - Barra Funda - São Paulo SP

mais informações: www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br


Jardim Botânico Sensorial

O Jardim Botânico Sensorial do Rio de Janeiro tem atividades lúdicas voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência visual. Os canteiros foram refeitos com plantas medicinais e aromáticas selecionadas por técnicos, além de muretas e pisos, confecção de corrimões com eucaliptos e placas de identificação em braille.

mais informações: http://www.jbrj.gov.br/

Inclusão, muito mais do que um ato de amor

"DEDICAÇÃO DA FAMÍLIA, ESTÍMULO NA ESCOLA E RESPEITO AO RITMO DA CRIANÇA, FAZ COM QUE A DEFICIÊNCIA NÃO DETERMINE ATÉ ONDE ELA PODE CHEGAR."

Como todo abraço a inclusão envolve duas pessoas, disposição de corpo, mente e principalmente de alma, causa medo mas ao mesmo tempo prazer, traz conforto e aprendizado, é necessária para continuar crescendo como ser humano, é desejável e importante, exige um olhar para o outro com base em si.
De todas as deficiências (auditivas, visuais, motoras, cognitivas) a que mais me preocupa é a deficiência afetiva, famílias inseguras, despreparadas, educadores sem estrutura, crianças assustadas, infraeetrutura precária, muito choro, muita revolta, muito estranhamento.
A questão da inclusão é difícil entendimento prático e teórico para qualquer educador, mas não precisa ser solitária. Juntos na troca de idéias podemos aprender mais, sentir mais apoio, consolo por nossas dificuldades e alegrias, por nossos sucessos.
Fiquei pensando nas crianças que cruzaram comigo nesta minha vida, para cada uma delas dei e recebi coisas diferentes. Tímidos, agressivos, falantes, inteligentes, arredios, lunáticos, medrosos, saúde sutil, carentes, mimados, agitados, chatos, malvados, maltratados, tristinhos, alegres, com famílias complicadas... Cada um deles mereceu um olhar especial, momentos de dedicação, uma conversa individual, um carinho, uma maior atenção. Faz parte da profissão de psicopedagoga acolher a diferença. Também tenho minhas deficiências, tenho dificuldades que não consigo resolver, tenho incapacidades, falta compreensão em determinados assuntos. Reflito sobre tudo isso e vejo que muitas vezes ainda dói. Ao conviver com portadores percebo que mais do que a consciência racional de uma deficiência seja ela qual for, é preciso sensibilidade e firmeza para encará-la e transpô-la. A verdade é que todos precisamos ser incluídos.
Ai esta o bonito e o difícil: se é pelo outro que percebemos nossas diferenças, é também na empatia do que nos faz iguais que encontramos o conforto e a superação. Somos iguais por sermos humanos e isso não é diferente a nenhum de nós.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TDAH - Transtorno de Défict de Atenção/Hiperatividade na Infância


A escola é de fundamental importância no diagnóstico e tratamento do TDAH, os professores devem conhecer os sintomas para auxiliar as crianças e as famílias.


Na última década ouvimos muito falar sobre TDAH, a mídia extrapolou limites e partindo disso criou-se uma falsa idéia e falsos diagnósticos. É preciso ter cautela para entender esse transtorno, diagnosticá-lo e saber lidar com os sintomas e consequências.
Transtorno de Défict de Atenção/hiperatividade é uma síndrome neurobiológica, quem a descreveu pela primeira vez foi o médico psiquiatra Dr Henrich Hoffmann em 1845. Suas características são: dificuldade de concentração, mudança repentina de uma atividade para outra sem a conclusão da mesma, falta de organização e planejamento, agitação e falta de controle sobre seus impulsos.
A maioria dos portadores apresentam-se de forma distraída, impulsiva, sofrem vários acidentes domésticos e também apresentam maior número de doenças oportunistas e algumas disfunções.
Diante de tanta impulsividade a criança portadora de TDAH pode ter seu convívio social deteriorado, pois rompe regras e não consegue se manter concentrada nas atividades em grupo.
O TDAH é um dos quadros neuropsiquiátricos mais comuns, podendo ser encontrado em aproximadamente de 3 a 7% da população infantil, é mais comum no sexo masculino.
As três principais características do TDAH são: dificuldade de manter atenção, hiperatividade e impulsividade, normalmente o portador é descrito como distraído e agitado.
Quando criança o portador pode ter dificuldades de seguir instruções, de acompanhar a aula e de se comportar de maneira inadequada, pode caso seja hiperativo se movimentar o tempo todo, não consegue ficar muito tempo parado mesmo que seja brincando ele perde rapidamente o interesse.
É comum apresentarem problemas de aprendizagem sem que apresente défict de inteligência, também é comum o atraso motor.
É usual a dificuldade em manter rotina, se alimentam rápido demais, algumas vezes sem atentar-se ás questões higiênicas. Em rodas sociais, são vistos como mal educados ou sem limites.
Quando chega na adolescência, o portador já carrega rótulos relacionados aos sintomas de TDAH. Por experimentar uma baixa autoestima, tem dificuldade em manter um relacionamento social estável e íntimo. Troca de amigos são frequentes, mudanças no cotidiano, na rotina, nos planos de vida são habituais.
O TDAH afeta o indivíduo em diversos aspectos da sua vida e tem um curso longo, podendo apresentar uma melhora ao atingir a idade adulta, principalmente nos sintomas de hiperatividade.
Embora sua origem ainda seja desconhecida, diversos estudos tem apontado causas genéticas e biológicas como um dos principais fatores. Ambientes sociais caóticos e desfavoráveis também estão fortemente relacionados.
A avaliação diagnóstica deve envolver os pais, os membros da família e a escola. A escola é de fundamental importância, pois os resultados mais promissores ocorrem quando há uma equipe multidisciplinar trabalhando em conjunto com a criança e a família. O diagnóstico do TDAH é clinico devendo ser feito por psiquiatra, neurologista, psicólogo e psicopedagogo.
Se o portador for diagnosticado e tratado de forma correta, tende a uma melhora significativa, o tratamento envolve terapia-cognitivo comportamental e em alguns casos o uso de medicamentos.

Dicas para melhor inclusão da criança portadora de TDAH na escola:

  • Evitar lugares barulhentos (lugares com passagem de pessoas), o ambiente para atendimento deve obter o máximo silêncio  e o mínimo de estímulos que possam desviar a atenção.
  • Utilize recursos como jogos, músicas e imagens.
  • Em sala de aula, procure que a criança sente o mais perto possível do professor, para que ele possa monitorar de perto as distrações que venham a acontecer e chamar a atenção de forma discreta para a atividade.
  • Sinalize o tempo necessário para a realização das tarefas, deixando alguns minutos para possíveis imprevistos.
  • Repita as regras de maneira clara e objetiva.
  • Procure sempre olhar nos olhos e estabelecer um bom vínculo afetivo com a criança, entenda suas expectativas, sempre estimule com gestos positivos e palavras de apoio e principalmente encoraje-o a continuar reforçando positivamente seu esforço.